Em ato realizado no dia 1º no município de Laranjeiras do Sul-PR, o grupo Globoaves assumiu, sob forma de arrendamento, o frigorífico Porcobello, localizado em Laranjeiras do Sul (PR), e alcança o objetivo de fechar todo o ciclo produtivo também na suinocultura. O evento contou com a presença do prefeito de Laranjeiras do Sul, Berto Silva, os diretores da Globoaves, Roberto e Velci Kaefer, bem como da proprietária do Frigorífico, Maria Veronese Passarin.
Para muita gente, pode ser motivo de surpresa saber que a Globoaves mantém longa tradição com a suinocultura e que a primeira granja da família Kaefer tenha sido de suínos e não de aves, setor em que despontou para ocupar a liderança nacional no segmento de ovos férteis e pintos de corte e postura.
E pode ser motivo de igual surpresa saber que a atividade vinha sendo mantida até hoje, sendo reconhecida por sua qualidade técnica e resultados de produção, conquistados através de significativos investimentos em tecnologia e estrutura física, que agora se consolidam com a incorporação da unidade de abate.
Cerca de dez anos antes de constituírem a Globoaves, sediada em Cascavel (PR), os irmãos Roberto, Velci e Saldi Kaefer, iniciaram seus negócios na suinocultura em 1977 com a aquisição, na ocasião juntamente com outros familiares, de uma pequena granja no atual município de Ouro Verde do Oeste, então distrito de Toledo (PR).E mesmo depois da notável expansão da empresa, que hoje opera uma grande rede de granjas, incubatórios e abatedouros de frangos em diversos estados, a atividade não foi deixada de lado. Pelo contrário, ainda que seja um empreendimento de porte pequeno se comparado aos números do grupo no cenário avícola, graças aos recursos regularmente aplicados nos últimos anos tornou-se referência no setor.
Criada para cuidar dos negócios na área, a Globosuínos administra duas ULPs (Unidades de Produção de Leitões) próprias, que são a granja Heve, em Ouro Verde do Oeste, e a granja Toledo, na cidade homônima, que juntas hospedam um total de 5 mil matrizes, e ainda conta com dez granjas parceiras, que atuam como ULPs, abrigando 4 mil matrizes.
A soma das duas operações produz 220 mil leitões por ano, resultando em aproximadamente 26 mil toneladas de carne, após a engorda. Também integra o sistema uma moderna Central de Inseminação Artificial, que dispõe de plantel de 100 cachaços para fornecer sêmen para as matrizes. Foi, portanto, para completar a cadeia de produção que o grupo decidiu assumir o Porcobello, que já foi um dos maiores exportadores de carne suína do país e possui capacidade para abater diariamente dois mil animais.
Como informa Velci Kaefer, sócio-diretor da empresa, a unidade estará abatendo inicialmente 1.200 suínos/dia, destinados ao mercado interno e à exportação. Contando atualmente com 180 colaboradores, a empresa deverá abrir nos próximos meses mais 70 postos de trabalho para fazer frente a um já previsto aumento de produção.
O Porcobello vem se somar aos quatro frigoríficos de aves que o grupo possui nas cidades de Cascavel, Espigão do Oeste (RO), Bariri (SP) e Viana (ES), responsáveis pelo abate diário de 350 mil frangos. Além disso, tem participações societárias no frigorífico recém inaugurado em Buriti Alegre (GO), e em outros dois que estão sendo construídos em Campo Mourão (PR) e Castelo (ES). Cada um deles terá capacidade para abater 80 mil aves/dia.
SAIBA MAIS SOBRE A UPL UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LEITÕES
As marrãs são recebidas na UPL (sítio 1) e cobertas por volta de 230 a 240 dias de idade. Após inseminadas, as matrizes permanecem em gestação durante 114 dias. Por mais 21 a 25 dias elas ficam na maternidade até o desmame, quando os leitões são transferidos para a Creche (sítio 2), onde permanecem até 64 dias. Em seguida, já pesando cerca de 25 kg, são transferidos para a engorda (sítio 3). Nessa fase, a empresa conta com 82 parceiros integrados que, além dos leitões, recebem também ração e assistência técnica. Aos 160 dias, quando atingem o peso médio de 120 kg, os suínos são levados para o abate.


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